1 Acolhida
2 Oração
Inicial
3 Tema
do Mês
São José, Modelo de Educador.
É para mim uma alegria cumprir este dever pastoral, no intuito de
que cresça em todos a devoção ao Patrono da Igreja universal e o amor ao
Redentor, que ele serviu de maneira exemplar. Desta forma, todo o povo cristão
não só recorrerá a São José com maior fervor e invocará confiadamente o seu
patrocínio, mas também terá sempre diante dos olhos o seu modo humilde e
amadurecido de servir e de “participar” na economia da salvação.
(Papa
João Paulo II – Redemptoris Custos)
São
José é apresentado pelo Papa João Paulo II como um exemplo de modo humilde e
amadurecido de servir, servir à Cristo e à Igreja. E como parte desta missão,
coube-lhe a tarefa de educar Jesus, missão esta exercida junto com Maria.
Vejamos o que disse João Paulo II em sua audiência no dia 04/12/1996.
Poderíamos pensar que Jesus, carregando em si a plenitude da
divindade, não tivesse necessidade de educadores. Porém, o Mistério da
Encarnação revela-nos que o Filho de Deus veio ao mundo sob uma condição humana
muito semelhante à nossa, exceto no que diz respeito ao pecado (cf. Hb 4, 15).
Como todo ser humano, o crescimento de Jesus, desde a infância até a idade
adulta (cf. Lc 2, 40), teve necessidade da ação educativa dos pais.
O Evangelho de Lucas, com especial atenção ao período da infância,
relata que, em Nazaré, Jesus era submisso a José e a Maria (cf. Lc 2, 51). Essa
dependência nos mostra Jesus disposto a acolher, a se abrir à obra educativa de
Maria, sua mãe, e à de José que, da mesma forma, exerciam o seu dever, em
virtude da docilidade que Jesus manifestava e, isso, naturalmente, de forma
constante.
Os dons especiais concedidos por Deus a Maria, tornaram-na
essencialmente apta no desempenho das funções de mãe e educadora.
Nas circunstâncias concretas da vida cotidiana, Jesus podia
encontrar em sua mãe, o modelo ideal a seguir e a imitar e nos mostra o exemplo
do amor perfeito para com Maria; Jesus pôde contar, igualmente, com a figura
paterna de José, homem justo (cf. Mt 1, 19), que garantia o equilíbrio
necessário para a ação educativa.
Exercendo a função de pai, José colaborou com sua esposa para
fazer da casa de Nazaré um ambiente propício ao crescimento e à maturação
pessoal do Salvador da humanidade. Em seguida, ao iniciá-lo no duro ofício de
carpinteiro, José facultou a Jesus que se inserisse no mundo do trabalho e na
vida social.
O Papa Bento XVI nos lembra que São José
cumpriu plenamente esta sua missão de educador. José cumpriu plenamente o seu papel paterno, sob todos os
aspectos. Certamente educou Jesus na oração, juntamente com Maria. Ele, em
particular, tê-lo-á levado consigo à sinagoga, aos ritos do sábado, assim como
a Jerusalém, para as grandes festas do povo de Israel. José, segundo a tradição
judaica, terá guiado a oração doméstica quer no dia-a-dia — de manhã, à noite,
nas refeições — quer nas principais festas religiosas. Assim, no ritmo dos dias
transcorridos em Nazaré, entre a casa simples e a oficina de José, Jesus
aprendeu a alternar oração e trabalho, e a oferecer a Deus também a fadiga para
ganhar o pão necessário para a família.
Em
seu livro 100 Questões sobre de Josefologia, o Pe. José Antônio Bertolin, OSJ,
destaca alguns pontos importantes sobre a missão exercida por São José, de ser
o Pai e Educador de Jesus. Vejamos:
50. Sendo pai de
Jesus, como José o educava?
Um aspecto muitas vezes
esquecido em relação à paternidade de São José é aquele que diz respeito à sua
função de educador de Jesus. Evidentemente deve-se admitir que a influência que
uma pessoa recebe do ambiente em que vive e o circunda tem grande importância
na sua vida, e isto foi muito real em relação à educação de Jesus. O Papa Paulo
VI compreendeu muito bem este aspecto, vendo refletida no comportamento de Jesus
a longa convivência que ele teve com José, e por isso mesmo afirmou: “São José
é o tipo do evangelho que Jesus, depois de deixar a pequena oficina de Nazaré e
ao iniciar a sua missão de profeta e de mestre, anunciará como programa para a redenção da humanidade”.
Isto significa que o tipo de homem novo que Jesus pregava como ideal no Reino
fora formado e plasmado em sua mente ao longo dos anos que conviveu com José,
em correspondência àquele modelo concreto que sempre teve diante de si durante
os 30 anos de convivência na Sagrada Família de Nazaré.
Jesus embebeu-se da educação recebida de José, uma educação
fundamentada no exemplo, na coerência, no esforço do cumprimento da vontade de
Deus, de uma maneira simples tornando-se um modelo a ser imitado. Por isso o
mesmo Papa declara: “São José é a prova que para ser bons e autênticos
seguidores de Cristo não é preciso grandes coisas, basta o cumprimento das
virtudes comuns, humanas e simples, contanto que verdadeiras e autênticas”.
51. Além do seu
grande exemplo de vida, José exerceu quais funções práticas na educação de
Jesus?
Sendo um homem do seu tempo, José procurou em termos práticos
cumprir as determinações próprias que cabiam aos pais de então, como aquela da
educação religiosa do filho, a qual começava com a adolescência e consistia
basicamente no ensinamento de trechos da Sagrada Escritura, no conhecimento das
prescrições de Deus ao seu povo, realizadas através do ensino oral, com as
leituras seguidas de explicações, de interrogações e de respostas (Dt 8,7-20;
Ex 13,8).
Além disso, José ensinou a Jesus a própria profissão de
carpinteiro que, como de costume, passava de pai para filho. Os longos anos
passados no ambiente de trabalho com José, no banco da carpintaria, tornava a
expressão cotidiana do amor vivido no ambiente de família.
Da mesma forma, de José como um bom judeu, Jesus herdou a educação
nas práticas da piedade, onde todos os dias recitava em sua casa as orações
próprias das práticas religiosas judaicas, assim como com José participava dos
cultos na Sinagoga de sua cidade. Portanto, José exercitou tudo aquilo que era
dever de educação de um bom pai, muito mais porque recebera diretamente de Deus
a missão de servir diretamente a pessoa de Jesus mediante o exercício de sua
paternidade.
5
Compromisso do Mês
Exercitar-se
na prática de alternar oração e trabalho, e oferecer a Deus as fadigas do dia a
dia.
6
Oração Final
Publicação Mensal da Congregação dos Oblatos de São José: Pastoral Josefino-Marelliana
www.sementesjosefinas.blogspot.com.br
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